Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Antenas


Elas andam aí. Por todo o lado, a todo o instante, invisíveis invasoras de toda e qualquer privacidade.
São as ondas, de rádio, electromagnéticas, de choque.
Em concreto, nada está provado até agora, seja a favor ou contra. Ou se calhar até está mas foi muito bem escondido. Como muitas outras coisas que estão muito bem escondidas. Até um dia...

Independentemente de todas as dúvidas, há uma certeza: não somos todos iguais. Mau grado a vontade de quem manda, a população mundial não é uma gigantesca manada de clones todos iguais, todos a agir por igual, todos a reagir da mesma maneira. As pessoas são diferentes, reagem de maneiras diferentes, têm sensibilidades diferentes.

É por isso de saudar que um tribunal francês tenha reconhecido uma senhora como portadora de uma doença de hipersensibilidade às ondas electromagnéticas que a impede de trabalhar (em locais onde elas existam), conferindo-lhe uma pensão por invalidez (ver notícia aqui). 

Mesmo correndo-se o risco de se poder tratar de uma tremenda fraude, é um enorme avanço no reconhecimento do direito à diferença. Talvez isto faça despoletar o aparecimento de estudos credíveis sobre a matéria, estudos que não sejam controlados pelos lóbies do costume.