Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

domingo, 20 de setembro de 2015

A ficção da fricção


Não há maior consenso que o do desacordo. Um discorda do outro e o outro discorda do um. Unanimidade total, como podem ver.
Já quanto às razões que levam a isso, as interpretações são várias. Há razões que a razão desconhece. Ninguém pode dar o mais pequeno palpite estando por fora da história. Podem-se fazer apenas suposições.
Será que os opostos se atraem? Isso é mito, funciona nos campos magnéticos mas não na vida real.
Porque é que os desacordos se mantêm no tempo em vez de terem um fim rápido? Quais as motivações? Será que as pessoas são masoquistas ou mantém acesa a secreta vela da esperança em ganharem. Acaso desconhecem que este é um jogo em que só ganha quem joga para o empate?
A fricção aquece os corpos e já se sabe que com corpos quentes é difícil pensar com a cabeça fria.