Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Um resto de luz


Um resto de luz no dia que quase finda. Um rasto de luz que teimosamente tenta fixar-se no horizonte como que tentando ali permanecer para todo o sempre.
Em vão. "Todo" é uma metáfora para algo maior que o estritamente necessário, e "sempre" um eufemismo para um período de tempo maior do que a imaginação consegue alcançar.
Poderia pelo menos ter ali ficado até ao dia seguinte, mas nem isso. Depois das trevas da noite o dia seguinte nasceu cinzento e chuvoso por dentro e por fora.
Quando assim é há que esperar que a Primavera traga de novo o Sol para brilhar por dentro e por fora.