Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

A cerveja


Escorrega melhor a cerveja ao som das palavras.
Na sombra do entardecer, entre a parede protectora da música no jardim e o tecto feito de folhas das árvores, correm rios de ideias, aqui e ali salpicados da espuma da cerveja.
Os lábios afirmam, os olhos expressam, as mãos acentuam. E quando parece que o calor vai finalmente vencer transformando os corpos em folhas secas transportadas pelo vento, bebe-se mais um gole. e fica a garganta pronta para a continuação do debate.
Dos desidratados não reza a historia.