Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

No rasto do desconhecido


Quem és tu que te aproximas e te afastas ao som de trovoadas retumbantes? Porque caminhas como se quisesses fugir do ontem, e depois regressas como se não houvesse amanhã? Que destino te traz sempre pendente de opiniões que possas encontrar? Qual o segredo da tua eterna desconfiança? Que caminhos te faltam percorrer para chegares onde nunca vais chegar? Quanto tempo demora a viagem ao interior do teu pensamento?
Eu, espectador da distância infinita, percorro em silêncio os caminhos das trevas. Acendo nas pedras a fogueira do esquecimento, e enrolado nos trapos velhos que a memória ainda permite, adormeço a um canto tentando sonhar.
Boa noite.