Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

A calçada deserta


Não é dia nem é noite
É aquele momento mágico
Em que a luz finge resistir
Ao avanço das trevas.
Todos sabemos o resultado,
Que por fim se entregará
Aos braços negros da noite.
As pernas cansadas
Por um dia de trabalho
Há muito que deixaram
De arrastar os pés pela calçada.
Em silêncio, as pedras gastas
Apenas servem de espelho
Que reflecte a luz dos candeeiros.