Escritos na varanda
Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
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quarta-feira, 20 de setembro de 2017
Aldeia da roupa branca
Já foi vila e até sede de conselho. Hoje é apenas uma aldeia que tem roupa branca dos quatrocentos e três habitantes que o censo de dois mil e onze lhe contou.
Fica no interior norte do país, é atravessada por um rio que começa pela letra vê (que é afluente de outro rio começado pela letra dê), sobre o qual foi construída uma ponte com uma torre, única no país.
Trata-se da aldeia de?
São seis letrinhas apenas...
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
Janela sem tempo
A mala numa das mãos,
O cajado na outra.
Curvados
Que o peso de existir
É muito grande.
Sem uma despedida,
Sem um olhar vago,
Avançaram
Arrastando os pés
Pelo caminho.
Na mala
Carregavam as memórias
De uma vida inteira.
Por falta de espaço
Deixaram ficar os sonhos
As promessas,
Os trabalhos inacabados
De quem vive do trabalho.
Partiram
Talvez para sempre,
Que a esperança de voltar
Era pouca ou nenhuma.
A janela e o tempo
Agora pertenciam às teias de aranha.
terça-feira, 22 de março de 2016
Aldeia da luz
Na aldeia da luz as sombras não chegam. Rodeada de nuvens e de penumbra, é uma luz que guia e orienta os viajantes perdidos nas cercanias em redor.
Nos contrafortes da serra virados a sul, dispõe de uma situação privilegiada para receber os últimos raios do Sol poente, brilhando por isso na brancura resplandecente da sua simplicidade.
Passados os momentos de descanso, é igualmente um dos primeiros lugares onde os raios do Sol nascente vêm pousar.
Luz não lhe falta, e da boa, da natural. Mas está condenada porque a sociedade moderna prefere os neons.
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Dois dedos de conversa
O Ti Manel da Azinheira não gostava que
parassem ao portão da sua propriedade. Dizia que dava azar.
Mas o Ti Manel estava morto e não havia com
que se preocupar, por isso foi ali mesmo que fez parar o rebanho. Havia erva
com fartura, suficiente para entreter os animais por alguns minutos enquanto
esperava pela camioneta da carreira. Lá dentro, esperava, vinha a sua amada de
regresso da vila. No caminho até à aldeia teriam tempo de por a conversa em
dia.
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