Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
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sábado, 21 de janeiro de 2017

Limoeiro


Já não fazem caroços de limão como antigamente. Depois de ter tentado plantar milhares deles durante os últimos quatro ou cinco anos, desisti.
Bom, milhares é um exagero, não foram assim tantos foram só cinco. Cinco de cada vez que utilizava limões. A maior parte deles não davam nada, os poucos que cresciam um bocadinho aguentavam-se algumas semanas e acabavam por secar.
Farto de tanto insucesso, fui à Cooperativa de Sintra e comprei um pé de limoeiro já crescido. Já o tenho há uma semana, estava à espera da minha ajudanta, mas ela não veio, por isso tive de fazer o trabalho sozinho.
Pronto já está. A geração a seguir à minha já deve ter limões para apanhar. Para que isso aconteça vou fazer uns sacrifícios ao deus dos trovões e ao deus das chuvas para que a árvore cresça bem.
Depois deste trabalho todo vou começar por sacrificar uma carcaça com queijo.




segunda-feira, 24 de outubro de 2016

O limoeiro


Vai fazer no início do próximo ano dois anos, e não tem tido uma vida fácil, está um bocado enfezado.
Primeiro passou tempo demais no parapeito da janela da cozinha dentro de um copo de iogurte. Depois, com a mudança de casa passou para uma varanda dentro de um vaso de plástico minúsculo. Não estava habituado ao frio e constipou-se, perdeu quase todas as folhas e por pouco que não se perdia também.
Voltou para dentro de casa para se tratar e só voltou a sair no início do verão com o calor.
Finalmente passou para um vaso à sua medida. Daqui a algum tempo vai estar a dar limões.