Pensamentos soltos, escritos na varanda da imaginação
Escritos na varanda
Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
Um bocadinho de sombra é melhor do que sombra nenhuma. A estrada é a que vai para a praia, passam muitos carros, que levantam muito pó.
À falta de outros temperos até dá um gostinho especial ao esparguete com salsichas.
Os pés há muito que seguiram outros
caminhos. As botas ficaram. Cobertas de pó, o mesmo pó que tantas vezes
pisaram.
Os pés já se transformaram em pó, rezam as
crónicas. Das botas sabe-se apenas que morreram no dia em que deixaram de ter
pés dentro, pois que sozinhas e sem se poderem deslocar, resta-lhes apenas
esperar que também elas se transformem no pó do esquecimento.