Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

As botas


Os pés há muito que seguiram outros caminhos. As botas ficaram. Cobertas de pó, o mesmo pó que tantas vezes pisaram.
Os pés já se transformaram em pó, rezam as crónicas. Das botas sabe-se apenas que morreram no dia em que deixaram de ter pés dentro, pois que sozinhas e sem se poderem deslocar, resta-lhes apenas esperar que também elas se transformem no pó do esquecimento.