Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

O regato


As sombras do fim da tarde
Abatem-se já sobre o vale
Das águas quase paradas
Sobe um canto a Primavera
Descalço, molho os pés
Refresco o pensamento.
Sento-me naquela pedra
Ouvindo a água a correr
Parei eu, parou o tempo
E as águas quase pararam
Até a brisa da serra
Com o cheiro a rosmaninho
Parou o sopro vadio
Fazendo até que os pássaros
Os mosquitos e as abelhas
Parassem o seu voar
Num breve instante tão longo
Que parecia a eternidade
Fez-se ouvir o silêncio
A calma da Natureza.
Depois veio nova batida
Do coração apressado
E a vida voltou à vida.


quinta-feira, 5 de maio de 2016

Progresso


Dos paus para as pedras. É assim a evolução.
Depois de esfregar a madeira da mesa com a lixa, esfrego as pedras do chão com a escova.
E com lixivia.
Estou lixado.


quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Pedra sobre pedra


Não sei exactamente de onde veio. Apareceu, ficou por algum tempo e depois desapareceu. Mesmo que quisesse não saberia onde procurá-la. Porque a verdade é que não quero. Não serviria de nada. Partiu de livre vontade, deixá-la ir. Fica a obra. 


terça-feira, 30 de junho de 2015