Escritos na varanda
Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
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quinta-feira, 16 de março de 2017
Maré alta
A água que vai e vem encontra sempre saída no labirinto de rochas que formam a barreira de defesa da costa. Forças opostas que desde o começo do mundo travam um combate sem tréguas, cada um com as suas armas.
Dizem que no fim a água vai vencer.
domingo, 22 de janeiro de 2017
Filosofia de jardim
Pensei em desembaraçar a mangueira, mas depois ocorreu-me que seria perder tempo. A água não se importa com isso, segue sempre em frente e acaba por sair pelo sítio correcto.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
O regato
As sombras do fim da tarde
Abatem-se já sobre o vale
Das águas quase paradas
Sobe um canto a Primavera
Descalço, molho os pés
Refresco o pensamento.
Sento-me naquela pedra
Ouvindo a água a correr
Parei eu, parou o tempo
E as águas quase pararam
Até a brisa da serra
Com o cheiro a rosmaninho
Parou o sopro vadio
Fazendo até que os pássaros
Os mosquitos e as abelhas
Parassem o seu voar
Num breve instante tão longo
Que parecia a eternidade
Fez-se ouvir o silêncio
A calma da Natureza.
Depois veio nova batida
Do coração apressado
E a vida voltou à vida.
domingo, 31 de julho de 2016
Campos verdes e águas azuis
Talvez porque hoje é domingo, o céu parece mais azul. É possível que nos outros dias também seja azul, mas ninguém repara, ocupados que estão nas suas correrias.
Nos dias de semana as pessoas estão preocupadas com os terroristas, que nos respectivos locais de trabalho lhes aterrorizam a vida, por isso não têm olhos para a cor do céu, apenas vêm os ponteiros do relógio, as filas de trânsito e os horários dos transportes.
Porque hoje é domingo as águas param, as margens dos rios estendem-e até onde a vista alcança, e até os pássaros, que não usam calendário mas pressentem a presença de mais pessoas do que o habitual, estão mais receosos e recatados.
Porque hoje é domingo a natureza abraça os homens de boa vontade.
quarta-feira, 29 de junho de 2016
Água fria de azul
Primeiro um pé, para se habituar à temperatura, depois o outro. Quando deu por ela estava submerso até aos tornozelos. A subida da água até aos joelhos foi mais demorada. O líquido estava ali ao Sol mas não havia meio de aquecer. Hesitou em molhar os calções. Talvez não fosse bom para a saúde. Deus uns passos pela pequena lagoa. Percebeu que se avançasse a água subiria. Inversamente, recuando acabaria por se por a salvo da temperatura do termómetro. Foi isso que fez. Estava o banho tomado.
quarta-feira, 11 de maio de 2016
A Cascata
Não tem uma cascata em casa?
Faça uma! Tudo o que precisa é disto:
Quantos mais furos fizer, mais cascatas tem.
Este é o planalto de onde vem a água:
domingo, 18 de outubro de 2015
Falésia
Não havia pedra onde o mar não tivesse já batido com força. No entanto as pedras continuavam lá, o mar também, embora com avanços e recuos de parte a parte.
Poder-se-ia dizer qual o mais forte e qual o mais fraco? Não!
Que sentido faz comparar coisas que não são compráveis? Cada um tem o seu espaço e o seu papel, cada um é importante à sua maneira.
É onde a terra acaba que o mar começa e nada como uma dia de marés calmas para apreciar a beleza dos dois lados da fronteira, de um lado as rochas estáticas, do outro as águas sempre em movimento.
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Repuxo
Não se devem julgar as aparências.
O jardim está cheio, há Sol, está calor, o repuxo funciona e tem água.
Apenas por breves instantes teve o seu merecido momento de descanso.
A espera do fotógrafo compensou.
sexta-feira, 15 de maio de 2015
Águas de Março
Degrau a degrau começou a descida. Primeiro lentamente, uns pingos de cada vez, depois a pouco e pouco aumentando o caudal, até se transformar numa torrente que levava tudo à frente.
Foi assim a nove de Março de dois mil e quatorze.
domingo, 3 de maio de 2015
Um fio de água
“Apenas presa ao mundo por um fio de água
morrente”
Carlos Tê em “Logo que passe a monção”
Não há nada, muitos quilómetros em redor.
Apenas um fio de água, que serve para matar a sede ao raro viajante que
percorre aquela estrada, deserta como a maioria das estradas do interior do
país.
E não é por falta de água.
domingo, 24 de agosto de 2014
Mistério marinho
Há uma coisa que sempre me intrigou, que
para mim é um mistério. Um mistério não é, como muita gente erradamente pensa,
uma coisa que tenha a ver com algo sobrenatural, é apenas ignorância. E eu
neste caso confesso a minha.
A água pule (do verbo polir). As pedras
rolantes são lisas, os seixos encontrados à beira mar e nos rios são lisos. Por
que raio é que as rochas da costa, continuamente batidas pelas ondas apresentam
este aspecto de terem sido bombardeadas pelos senhores da guerra? Porque não
apresentam também uma superfície lisa?
Será o deus tritão que anda por ali a
espetá-las com o seu arpão de três bicos em busca sabe-se lá de quê?
quinta-feira, 3 de abril de 2014
A rocha
Cascais, 29 Março 2014
A rocha continua a ser batida,
P'la água, em movimento, enfurecida.
A rocha continua no lugar,
Vendo a água, em espuma, se retirar.
A rocha continua a ser batida,
P'la água, em movimento, enfurecida.
A rocha continua no lugar,
Vendo a água, em espuma, se retirar.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
O engenheiro hidráulico
O engenheiro hidráulico em serviço.
Missão: inspeccionar as águas da lagoa a que chamam azul.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
A água
Lisboa, Parque das Nações, 29 Setembro 2014
A água não tem faltado nos últimos tempos.
Da água da chuva que tem caído abundantemente, e da água do mar que tem
fustigado a costa todos falam.
E da outra? Daquela meio salgada, que
desliza gota a gota, lentamente e em silêncio, quem se lembra? Quem se apercebe
da sua existência?
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