Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

sábado, 23 de maio de 2015

A sombra


Ele olhava, olhava, olhava, mas não havia ali nada para ver, além de ondas e mais ondas e mais ondas.
As mãos nos bolsos ajudavam a aconchegar o casaco, pois apesar de estar Sol, era ainda inverno.
Os pensamentos, sempre os mesmos pensamentos, teimavam em não o largar, e nem mesmo a brisa marinha os levava para longe.
Pelo tamanho e direcção da sombra, diria que era quase meio dia. Hora de almoço portanto. Era a única coisa que se aproveitava ali.