Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O estranho caso da caixa com bolinhas


Era uma vez uma caixa com bolinhas. Encontrei-a numa prateleira do armário da cozinha. Há quanto tempo lá estaria? Não me lembrava nada dela, mas quando a vi pensei logo que dali fazia uma bela sopa de grão com espinafres. E vai daí, enchi logo uma tigela com água e coloquei um punhado de bolinhas de molho.
No dia seguinte... chego ao pé da tigela com bolinhas de molho e as bolinhas tinham deixado de ser bolinhas. Já não eram redondas. Talvez porque fossem transgénicas, tinham-se transformado numa espécie de feijões.
Só então é que me recordei que há muitos, muitos anos tinha comprado um saco de soja. Talvez fosse isto. As danadas das bolinhas tentaram enganar-me para ver se escapavam, mas não tiveram sorte nenhuma, porque redondas ou não foram parar na mesma dentro da panela da sopa.
Daqui resultou talvez a primeira sopa de grão no mundo feita não com grãos de grão mas com grãos de soja.