Escritos na varanda
Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
quinta-feira, 30 de novembro de 2017
Пусть бегут неуклюже
Podem cantar, a letra da música esta abaixo do vídeo.
Пусть бегут неуклюже
Пешеходы по лужам,
А вода по асфальту рекой.
И неясно прохожим
В этот день непогожий,
Почему я веселый такой?
А я играю на гармошке
У прохожих на виду.
К сожаленью, день рожденья
Только раз в году.
Прилетит вдруг волшебник
В голубом вертолете
И бесплатно покажет кино.
С днем рожденья поздравит
И, наверно, оставит
Мне в подарок пятьсот эскимо.
А я играю на гармошке
У прохожих на виду.
К сожаленью, день рожденья
Только раз в году.
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
A árvore dos dióspiros
As únicas coisas boas que dá uma árvore de dióspiros são fotografias.
Aqui ficam algumas tiradas na semana passada.
sábado, 18 de novembro de 2017
O papa-carvão
Que bicho é este que come carvão?
Será o mesmo que destroi a minha micro horta?
O que quer que seja é novo, porque durante o ano anterior plantei muitas coisas durante o ano todo e nunca notei estas covas.
Isto só começou a aparecer a partir de Setembro, quando comecei as sementeiras para o novo ano.
Não consegui ainda perceber se é feito durante o dia (por pássaros, em princípio) ou durante a noite, por qualquer outro animal.
Quanto ao carvão, isso sei que foi durante a noite, porque ontem ao fim do dia quando fui por comida na tigela do cão não estava roida a saca do carvão.
terça-feira, 14 de novembro de 2017
A calçada deserta
Não é dia nem é noite
É aquele momento mágico
Em que a luz finge resistir
Ao avanço das trevas.
Todos sabemos o resultado,
Que por fim se entregará
Aos braços negros da noite.
As pernas cansadas
Por um dia de trabalho
Há muito que deixaram
De arrastar os pés pela calçada.
Em silêncio, as pedras gastas
Apenas servem de espelho
Que reflecte a luz dos candeeiros.
sábado, 11 de novembro de 2017
Nas tuas mãos começa a liberdade
"Com mãos se faz a paz se faz a guerra
Com mãos tudo se faz e se desfaz
Com mãos se faz o poema ─ e são de terra.
Com mãos se faz a guerra ─ e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedra estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade."
(Manuel Alegre)
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
O peso da sombra
"Tudo me prende à terra onde me deito
o rio subitamente adolescente,
a luz tropeçando nas esquinas,
as areias onde ardi impaciente...."
(Eugénio de Andrade letra, Luis Cilia música e voz)
terça-feira, 7 de novembro de 2017
O descanso
Eu gosto muito de correr. Quando corro fico cansado. Quando corro muito fico muito cansado. Depois de correr sento-me para descansar. Uma vez corri tanto, tanto, tanto, que dei a volta ao mundo. Depois caí e parti o nariz, porque fiquei tonto de tanto correr à volta do Mundo Desportivo, que era um jornal que havia no tempo em que o mundo era a preto e branco e que estava ali caído no chão.
Depois disso nunca mais me deixaram correr. Mas eu gosto muito de correr à mesma.
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
domingo, 5 de novembro de 2017
sábado, 4 de novembro de 2017
O rio dos peixes mortos
https://www.jn.pt/local/noticias/portalegre/nisa/interior/milhares-de-peixes-mortos-no-tejo-devido-a-poluicao-8892729.html
Ninguém sabe, ninguém viu, ninguém se interessou por nada.
Os que passam assobiam para o lado, e os outros, ou vão ao shopping, ou vão à praia.
Mas então as aparências não são estas? E eu vou estar a chatear-me para quê? Isso se calhar até nem é bem assim como eles dizem.
E depois já sabem como é que a história acaba, não é verdade?
Ah, não sabem.
E nem querem saber, pois não?
Sim, compreendo, não é esta a telenovela que seguem.
sexta-feira, 3 de novembro de 2017
A voar por cima das águas
"Ó ai meu bem como baila o bailador
Ó meu amor a caravela também
Ó bonitinha ai que é das penas, que é das mágoas
Sendo nós como a sardinha
A voar por cima das águas"
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
A pedra amarela
Eu quase que arrisquei a vida para te levar a ver a grande pedra. É difícil, arriscado e perigoso, e, pensava eu, depois disso irias olhar para mim como o teu herói.
Como estava enganado. Se sentiste receio não sei, não o confessaste, talvez para não dar parte de fraca. Disseste apenas que não gostaste.
Querias o quê? Que te levasse a passear a um centro comercial?
quarta-feira, 1 de novembro de 2017
A nabiça
Deve ser transgénica, a nabiça.
Os publicitários costumam ser uns exagerados, mas desta vez parece que não.
Em uma semana as sementinhas já cresceram isto tudo.
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