Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

sábado, 13 de setembro de 2014

Aponte


- Aponte!
E eu apontei. Apontei para o largo mar de água à minha frente, que por acaso é um rio, e que de tão largo se estende quase até onde a vista alcança.
- Foi por ali?
- Sim, foi por ali.
Foi por ali que ela foi e nunca mais voltou. Retirou-se depois da minha resposta. Presumo que fosse por ali também.
Eu fiquei aqui, a ver o largo mar de água que por acaso é um rio, a espraiar-se à minha frente. Sobre as águas a comprida ponte que liga à outra margem, a centopeia marinha de cem patas cravadas no fundo do leito do rio que parece um mar.

Há quem vá por ali e não volte.