Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Tempo


Dezembro de dois mil e oito. É a data de nascimento desta fotografia. Tão pouco tempo de vida e tanta coisa para contar. Fui encontrá-la enquanto procurava algo sobre o que escrever hoje, e deparei-me com isto.
À falta de melhor, tive de me contentar com o que encontrei. Porque o que é verdade hoje pode não ser amanhã, e hoje estou virado para o tempo. Não o atmosférico, que esse está de chuva apesar de estarmos no verão, mas o outro, a quarta dimensão.

No tempo em que esta fotografia foi tirada havia tantas coisas diferentes. Encontrei-as junto com esta imagem. Não as queria encontrar, mas aconteceu. Não as queria lembrar, mas recordei-as. Não as queria ver, mas lá estavam elas a olhar para mim.
Do alto dos seus quase seis anos de existência, esta foto lembrou-me que o tempo não passa, fica. Fica na memória do esquecimento. Pronto a reaparecer quando menos se espera.

Não era sobre o tempo de há seis anos atrás que eu queria falar, era sobre o actual. Salvaguardando as devias distâncias e apesar das semelhanças e das diferenças, a espiral do tempo traz de volta histórias que se repetem ao longo dos ciclos da vida.
Talvez… a falta de motivo para falar dos dias actuais, seja o mesmo motivo que me levou a recordar os dias do passado.
Talvez…