Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Por obra e graça de um grupo de pessoas


A Mulher rege
O Homem toca
A obra nasce


Cais dos sonhos

Era uma vez
Um monte de palavras soltas.
Palavras belas mas soltas,
Gozando a liberdade
Intrínseca de existirem.
Veio o vento soprando forte,
Mas antes que tivesse tempo
De as atirar em todas as direcções,
Soltou-se uma corda do contrabaixo
Que as prendeu, uma por uma,
Como fio condutor ligando-as à vida.
Assim, presas pelo som
Que se faz ouvir acima de todas as vozes,
Dirigiram-se todas para a beira do cais,
Onde ficaram fitando o infinito,
Enquanto aguardavam a barca
Que as havia de levar longe,
Tão longe que apenas os sonhos
As poderiam alcançar.

Notas:
Sendo o vídeo feito por uma-máquina-que-filma-sozinha, acho que não está mal de todo, foi o melhor que se pode arranjar.


Quero agradecer à Margarida, ao João, a todos os companheiros desta aventura, ao Festival Silêncio e à Fundação Portuguesa das Comunicações, a oportunidade que tive de poder participar. Muito obrigado.