Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

O aprendiz de luthier...

... ou o tocador pelintra sem dinheiro para comprar uma guitarra melhor.


Isto chama-se pestana. É onde as cordas assentam, no tampo da caixa.

















Por razões alheias à minha vontade, o braço está ligeiramente empenado, o que faz aumentar a distância entre as cordas e o braço.


Quem sabe tocar até dum cabo de vassoura faz uma guitarra, quem não sabe, como eu, sente uma atrapalhação enorme com qualquer dificuldade, por pequena que seja.
Até meio do braço, quinto ou sexto trasto, a coisa funciona bem, mas daí para a frente é um desastre, os dedos parece que tropeçam nas cordas.

Decidi portanto rebaixar a pestana para baixar um pouco as cordas. Para não correr o risco de estragar nada comprei uma. Assim não estragava a original e podia sempre voltar a pô-la caso a alteração não corresse bem.


Rebaixar a pestana significa esfregar a parte de baixo numa folha de lixa. E eu esfreguei, esfreguei, esfreguei. Infelizmente não saiu de lá nenhum génio a quem eu pedisse uma guitarra nova, mas ao fim de muitas esfregadelas a peça ficou significativamente mais baixa, cerca de 2 mm.


No final a diferença no trasto doze não é muita, cerca de 1 mm, mas curiosamente sinto uma diferença enorme para melhor.
Para já estou satisfeito com o resultado mas ainda falta um teste, o mais difícil, quando eu levar a guitarra na próxima aula a e mostrar ao André.

É claro que isto não é solução, é desenascanço até conseguir comprar uma guitarra nova, o que espero conseguir o mais brevemente possível.



E pronto. Juntar a pestana à lágrima vai fazer chorar até as pedras da calçada.