Escritos na varanda
Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
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quinta-feira, 21 de setembro de 2017
Ao som dos grilos
O longo entardecer nada mais tem para dar do que a promessa da chegada da noite que se deseja fresca. Não há vento e se houvesse era quente. As camisolas suadas coladas aos corpos são um bem a preservar porque os mosquitos preparam o seu cortejo infernal.
Não há vento e se houvesse não levaria o calor embora. Nem os mosquitos.
Há sempre lugar para uma cerveja, mesmo contra os conselhos da balança, do espelho e do cinto das calças.
O calor dilata os corpos, menos os ponteiros do relógio, que a noite nunca mais chega. E se calhar têm razão para não avançar. O tempo e o mundo parecem parados.
Até o som parece abster-se de chegar a este canto do planeta. Ouvem-se apenas os grilos e algum mergulho ocasional dos patos no rio com o seu nome.
terça-feira, 15 de agosto de 2017
Sol maior
Sustenidos e calor
São de todo incompatíveis
Não pode haver instrumento
Que resista com ardor
Aos sabores apetecíveis
Do Sol a todo o momento.
A minha próxima compra vai ser uma guitarra de uma loja chinesa. O mais barato possível, porque é mesmo para estragar.
Vai de férias comigo, e dentro de uma tenda ao Sol o dia todo a temperatura não é nada agradável.
Estive agora fora seis dias. O dia seguinte, que foi hoje, foi de doze horas de trabalho na Feira da Ladra. Ao todo foram sete dias seguidos sem tocar. Não pode ser, é muito tempo. Tenho de arranjar alguma alternativa.
Já tarde, à noite, depois do jantar, peguei na guitarra, e os dedos parece que não sabem o caminho que anteriormente conheciam...
terça-feira, 20 de setembro de 2016
Calor tropical
A velha palmeira desdentada e desfolhada, ainda assim produz alguma sombra para atenuar o calor que se faz sentir.
Talvez não por muito tempo, qualquer dia cortam-na. Para evitar o risco de cair, dizem. Acontece a quase todas as árvores, excepto àquelas que caem.
É que de vez em quando caem umas árvores, que curiosamente não foram cortadas, só cortam aquelas que nunca caíram.
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
40º â sombra
Sob um Sol escaldante
Há uma parca sombra
As folhas entrelaçadas
Que não tapam nada
E as gargantas secas
E a pele gretada
E a sede muita
De quem não bebe nada.
Sob um Sol escaldante
O metal queima
A pedra racha
A madeira arde
É a camada de ozono
É o aviso laranja
E as horas lentas
De quem não faz nada.
domingo, 21 de fevereiro de 2016
Da relatividade das coisas
Vinte e dois graus é pouco para quem está de férias, mas que bem que sabiam agora, junto desta lareira que queima madeira e não deita calor.
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