Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
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terça-feira, 15 de agosto de 2017

Sol maior


Sustenidos e calor
São de todo incompatíveis
Não pode haver instrumento
Que resista com ardor
Aos sabores apetecíveis
Do Sol a todo o momento.

A minha próxima compra vai ser uma guitarra de uma loja chinesa. O mais barato possível, porque é mesmo para estragar.
Vai de férias comigo, e dentro de uma tenda ao Sol o dia todo a temperatura não é nada agradável.
Estive agora fora seis dias. O dia seguinte, que foi hoje, foi de doze horas de trabalho na Feira da Ladra. Ao todo foram sete dias seguidos sem tocar. Não pode ser, é muito tempo. Tenho de arranjar alguma alternativa.
Já tarde, à noite, depois do jantar, peguei na guitarra, e os dedos parece que não sabem o caminho que anteriormente conheciam...

segunda-feira, 12 de junho de 2017

O girassol


É o primeiro girassol do ano.
Não sei de onde vem o nome "girassol", para mim o nome correcto deveria ser "gira-anti-sol".
É que a flor propriamente dita, a parte que tem as pétalas, está sempre virada para o lado oposto ao Sol.

terça-feira, 23 de maio de 2017

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Janela sem tabuinhas


Era uma janela diferente das outras. Nesta, entrava a luz do Sol.

domingo, 2 de abril de 2017

Caminhando


Percorro descalço os caminhos de areia onde as ondas vieram depositar os seus restos.
Enterro os pés na areia a espero pela próxima.
Lá vem ela, devagar, porque a maré baixa é sinónimo de vagar, que as ondas também se cansam.
Lentamente a água transforma-se em espuma e avança até se desvanecer a dois passos de mim.
É a minha vez de avançar, porque a água já não tem força para chegar onde eu estou.
É um bailado tropego: eu que nem sei dançar, avanço ao ritmo do recuo das ondas.
Depois, com o Sol quase a desligar o interruptor da claridade do dia, despeço-me das ondas que me acompanharam durante estes largos minutos.
O caminho de regresso agora é a subir.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Sol bi-estrelado


Não bastava o Sol de ontem apontar inúmeros caminhos, hoje temos um Sol a dobrar, a apontar ainda mais caminhos.
Ou então é o Planeta Nibiru, que se esconde atrás do Sol

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Sol estrelado


Parece o Sol da meia noite mas não é. É das cinco da tarde, fotografado com uma abertura de f/22.
Se eu fosse daqueles que seguem caminhos apontados por estrelas, tinha aqui um grande problema. É que isto aponta para todos os lados, e eu não saberia para onde ir.
Já não fazem estrelas-que-apontam-caminhos como antigamente.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Sob um Sol de inverno


O farol, guardião dos mares, estava assente no molhe, guardião das terras contra as investidas dos mares. Com o Sol quase a por-se no horizonte, as suas silhuetas destacavam-se sobre o fundo da paisagem. Adivinhava-se uma noite de muito trabalho para os dois.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Senhora do nevoeiro


Água e areia e rochas e algas. Era esta a paisagem que se oferecia à vista, semi escondida pela luz difusa que só a custo penetrava no espesso nevoeiro.
O som das ondas a rebentarem na praia chegava abafado pela humidade do ar, como um eco longinquo que se fazia ouvir continuamente.
Perdida no meio da imagem, uma senhora. Perdida? Não! Sabia bem onde estava e porque ali estava. Desengane-se quem pensa que as praias são só para visitantes se deitarem no pico do Sol e dos raios ultra-violetas. Todas as outras horas e condições climatéricas são boas para se estar na praia.

sábado, 23 de abril de 2016

Sentados na areia


Conhecer não é saber. Conhecia-a não não sabia quem ela era, nem o que fazia, nem o que pensava, nem o que queria, nem para onde ia.
Uma vez chegou a pensar que... mas não, a ideia era absolutamente estúpida. Uma outra vez teve a ousadia de perguntar, mas no momento seguinte arrependeu-se logo de o ter feito. Ficou na mesma ignorante, não aprendeu nada. Não percebeu nada do que ela disse, naquele estilo de linguagem que fala mas não diz nada.
De certa forma sentiu-se aliviado. Uma sombra de dúvida pairou sobre o seu espírito, ficou sem saber se era propositado ou se alguma limitação a impedia de dizer coisa com coisa.

Talvez fossem horas de voltar, o Sol já se tinha posto há alguns minutos e a claridade que restava já não era muita.
Levantou-se, sacudiu a areia das calças e apenas por hábito estendeu a mão. Sabia de antemão que ela a iria ignorar e se levantaria sem qualquer tipo de ajuda.
No meio de tanto desconhecimento, era a única coisa que sabia dela.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

A parede


Era uma parede oca. Não por dentro mas por fora, que a vida lhe tinha fugido em todas as direcções. Do interior rasgado espreitava um Sol que entrava por onde já não havia telhado. Não se demorava muito tempo e saia sem precisar de autorização que a vidraça escancarada não oferecia resistência.
O interior vazio combinava com o exterior deserto. O chão servia de pasto a ervas que cresciam até ocuparem todo o espaço, criando uma floresta que servia de abrigo aos animais da zona.
A parede oca não resistiria por muito mais tempo. Um dia o vento trazido pela passagem dos anos sopraria os tijolos que restassem para bem longe. As ervas daninhas, essas haviam de ficar, apenas mudariam de nome. Seriam um hotel ou um condomínio. Ou as duas coisas.


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Falta de ideias


Há ideias que surgem com mais facilidade à sombra do que ao Sol. Da mesma forma que há outras que aparecem mais facilmente ao Sol do que à sombra.
Aqui, bom, aqui com o Sol quase quase a transformar-se em sombra, não me surgiu ideia nenhuma.
Ideia-otices.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Os pombos


Olhou em redor para se certificar. Não havia bancos à sombra naquele jardim, todos estavam ao Sol. Assim sendo não precisava de escolher, sentou-se naquele que estava logo ali.
Puxou a boina mais para a frente, para cobrir melhor os olhos, o Sol estava forte naquele início de tarde.
De um dos bolsos do casaco tirou um saco com algumas côdeas que partiu em bocados mais pequenos e espalhou pelo chão à sua frente. Do outro bolso tirou um saco com grãos de milho que espalhou igualmente mas desta vez sobre a relva.
Dobrou os sacos vazios e voltou a coloca-los num dos bolsos.
Olhou em volta e só então reparou que não havia pombos.


sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Sol ou chuva


Não sei como vão ser os próximos dias.
E o prazo está a esgotar-se.
Os próximos dias estão quase a chegar e eu não sei o que fazer com eles.
Só sei que tenho que fazer alguma coisa.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Tempestade


Um céu de tempestade. Na terra as condições são semelhantes, e quem anda à chuva molha-se. Depois de muitos litros de água, uns raios de Sol passam através das nuvens. 
Um pequeno passo para o raio de Sol, mas um passo de gigante para quem está molhado até aos ossos.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Rosa


Continuas a picar-me com os teus espinhos. Mas lá no fundo, lá bem no fundo, há um caminho, uma passagem secreta que conduz a um prado verdejante, onde as vacas não largam bostas e onde podemos rebolar pela erva até nos cansarmos. Um prado onde as formigas não nos comem o piquenique, onde as gralhas não nos tiram a sandes e onde a sombra das árvores é eterna, como eterno é o Sol que dia após dia dá luz e cor a este recanto. 
Só preciso de descobrir onde raio fica esse caminho.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Repuxo


Não se devem julgar as aparências.
O jardim está cheio, há Sol, está calor, o repuxo funciona e tem água.
Apenas por breves instantes teve o seu merecido momento de descanso.
A espera do fotógrafo compensou.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Chuva


Chuva e Sol ao mesmo tempo e nem um bocadinho de arco-íris.
Isto é que vai uma crise.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Entre duas águas


Por entre a água do mar e a das nuvens, passa a luz do Sol que se despede de mais um dia. A sua luz era necessária, pois há uma busca em curso. Mas a escuridão é mais necessária ainda, porque serve para manter o ciclo imutável e interminável dos dias e das noites, fundamentais para a manutenção da existência.

(Praia das Maçãs, durante as buscas pelos pescadores desaparecidos no naufrágio)

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Movimento perpétuo

                                Dezembro

O movimento dos astros em geral e do Astro Rei e particular funciona como um calendário. No caso do Sol, funciona até como um relógio.
Através dele sabe-se em que altura do ano estamos. 

                               Janeiro

Era assim que os povos da antiguidade se orientavam, era assim que sabiam quando era altura das secas ou das cheias, quando era altura de plantarem batatas ou nabiças. Durante milhares de anos não havia relógios, nem papel onde pudessem ser impressos os famosos calendários com meninas nuas.

                                Fevereiro

É pretensioso, errado, falso, julgar-se que olhando para os astros se fica a saber se uma pessoa é boa ou má, se tem sorte ou azar, ser é rica ou pobre, se é gorda ou magra.

                                Março

É um bocado difícil de explicar, e é ainda mais difícil de entender.

                                Abril

Fotos tiradas todas a partir do mesmo local, em diversos meses do ano, mostrando o movimento aparente do Sol


                                Maio