Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Talvez nada


Talvez não haja nada para lá da escuridão da noite. Talvez não haja nada para lá da escuridão da vida. Talvez nem haja vida. Talvez...
Esta areia onde enterro os pés. Esta água que me gela os ossos. Este vento que me arrefece a cara. E no entanto...
No entanto nada.
Esta vontade de sair voando. Esta vontade de correr saltando. Esta vontade de dizer gritando. Esta vontade talvez não seja nada.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Comunicações


Ainda sou do tempo das trocas de linhas. Quem diz isto não é um velho caquético, de bengala e barba branca, sou eu e não sou assim tão velho.
Tantas, tantas, tantas vezes que se marcava um número e a chamada ia parar a outro lado, levantava-se o auscultador, sim que os telefones da época tinham auscultador, e já estava alguém a conversar na mesma linha, ou aparecia depois. 
E as (des)conversas: "ó minha senhora, desligue se faz favor que eu já estava aqui a conversar primeiro.", ou "desliga lá essa #$%&" vê lá se queres que eu te mande prá =)/&?»>@§".
Sim, a tecnologia evoluiu muito, estas coisas hoje já não acontecem. Continuam no entanto a acontecer outras que sempre existiram e que fazem parte da natureza humana.
Diz-se uma coisa e percebe-se outra.
Escreve-se uma coisa e interpreta-se outra.
Até o silêncio pode ter uma conotação negativa.
Às vezes apetece desistir de tudo.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Never look behind

                                      Foto Jorge Pereira

So goodbye, there I go
Down the road with no end
I’m the one who should know
When I’m losing a friend.
Left my dreams all behind
Don’t need them anymore
In the distance I’ll find
A new friendship and more.
One by one I will drop
All the hopes that I’ve made
Finally I will stop
Find the dreams had all fade.
I have waited too much
Don’t want to waste more time
Hope that we keep in touch
But our feelings don’t rhyme.
There’s no time to feel sorrow
A new life to discover
I can’t wait for tomorrow
Have my pride to recover.


domingo, 4 de outubro de 2015

Mensagem


Depois de cair em mim com a perplexidade tenho de me levantar. De novo.
Amanhã é outro dia e há sempre um Sol a iluminar estas trevas.
Estou farto deste mundo que me rodeia, mete-me nojo a gente com que me cruzo.
A luta continua, mas desta vez uma luta diferente, a luta pela sobrevivência. Cada um por si e eu por mim. Era isto que eles queriam e por mim ganharam, mas foi a única vitória que tiveram. A minha dignidade, isso nunca irão conquistar.