Escritos na varanda
Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
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sábado, 17 de setembro de 2016
À espera que o dia volte
- Tenho medo do escuro, sabes...
Não sabia, nunca lhe tinha dito.
Recordou-se que só se conheciam há três meses. É tão pouco tempo, É claro que não sabiam quase nada um do outro.
- Quando estou deitado ouço barulhos, percebes, depois levanto-me e tento perceber de onde vêm ...e nada. Acho que vêm do meu cérebro.
Abanou a cabeça como quem está a perceber.
Fez uma pausa. Achou que estava a falar demais. Não devia contar isto a quem conhecia há tão pouco tempo. Medos são as últimas coisas que se confessam a alguém.
Sentiu que tinha um par de olhos colados em si, à espera que continuasse. Continuou.
- A noite para mim é apenas um intervalo, enquanto espero que o dia volte.
sexta-feira, 17 de junho de 2016
O lago dos pássaros delirantes
Uniram-se
todos. Uns com o bico, outros com as patas, agarraram as nuvens e
estenderam-nas no chão. Queriam o Sol, o vento, o céu todo, tudo, sem
restrições.
Humanos
não eram bem vindos. Quando podiam cagavam-lhes em cima. Quando não,
escondiam-se quando os queriam fotografar.
Alimentavam-se
do ar e da esperança. Minhocas e sementes eram só para entreter o estomago.
Voavam
sim, mas isso não era o maior feito que conseguiam. O mais importante de tudo,
e que aconteceu quando pela primeira vez saltaram do ninho, é que perderam o
medo. Foi isso que os tornou livres.
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