Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
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domingo, 10 de julho de 2016

Mesa de serra tico tico


Eu olho para isto e só me vem à cabeça um desenho do Quino.
Depois de tanto trabalho e de tantas horas o que é que eu faço a isto, ou melhor, o que é que eu faço com isto?

Vários problemas se colocam. O primeiro de todos é o tamanho, não tenho onde colocar isto, só no chão. O segundo e o mais grave é a extraordinãria vibração que o conjunto apresenta quando em funcionamento. Tem que forçosamente ficar preso a alguma coisa, mas onde?

Tem mais um conjunto de imperfeições, que não interferem no funcionamento, globalmente estou bastante satisfeito com o trabalho feito, mas...



Não está ainda acabado, falta levar duas travessas na base para poder ser fixado a alguma coisa. O que significa que a seguir tenho mesmo que fazer uma bancada de trabalho, quanto mais não seja para poder fixar convenientemente esta mesa.

Em relação ao projecto inicial fiz duas alterações. Em primeiro lugar o sistema de fixação da serra na parte de baixo do tampo não funcionou (ficou com folga e não fui capaz de resolver) por isso tive de inventar um outro com parafusos. Em segundo lugar resolvi aumentar a altura da área de corte e para isso tive de inventar um sistema móvel para ajuste dos rolamentos que servem de guia à lâmina.

Algumas fotos das diversas fases de construção.











Para terminar, o link para o video original do prijecto e os meus agradecimentos à Oficina de Casa e ao Marcelo Aguilera
https://www.youtube.com/watch?v=0Tz6q18zC7Q


quarta-feira, 6 de julho de 2016

A mesa do pequeno almoço


A minha mesa do pequeno almoço não tem toalhas de renda nem canecas de porcelana. A bem dizer nem mesa tem.
Felizmente que para mim a puta da vida não se resume à estúpida obediência a regras de conduta como pensa o mundo de merda de me rodeia.




sábado, 30 de abril de 2016

A mesa (parte 15)


A parte final do tratamento da mesa. Agora é só esperar que seque.
Parece-me bem a cor assim, não vou dar mais nenhuma demão.
Sinto-me um mestre das trinchas e dos pincéis, um da Vinci dos tempos modernos, o Pablo Picasso de Mem Martins.
Esta é a minha Guernica. Fascismo nunca mais.




sexta-feira, 29 de abril de 2016

A mesa (parte 14)


Finalmente a montagem. Agora vai levar uma demão de cuprinol na parte superior do tampo (ainda não tinha levado nenhuma, só na parte inferior) e amanhã o passo final que é a aplicação da velatura (protector de madeira). Dependendo do tom com que ficar depois decido de dou uma ou duas demãos.


quinta-feira, 28 de abril de 2016

A mesa (parte 13)


A técnica do sabonete. Usada por carpinteiros nos quatro cantos do mundo, mesmo que o mundo seja redondo e não tenha cantos.
A prova de que o sabonete não serve só para lavar. Aliás o sabonete não serve para lavar, o que lava é a água. Lava tudo até as más línguas.


quarta-feira, 27 de abril de 2016

A mesa (parte 12)


- Onde é que lhe dói?
- Ai doutor, é aqui neste pé.
- Bom, vou dar-lhe uma injecção.
- E isso resulta?
- Se resulta. Olhe até lhe digo mais vou dar-lhe também uma injecção no outro pé, assim não volta cá a queixar-se com dores nos pés.


E pronto, de pincelada em pincelada, a coisa está quase a chegar ao fim.





segunda-feira, 25 de abril de 2016

A mesa (parte 11)


A corda é um dos melhores amigos do homem. É útil em quase todas as situações e pode ser utilizada de várias maneiras, incluindo ao pescoço.


Hoje foi dia de comprovar isso mesmo. Acabei de lixar o tampo e não só. Lixei também os joelhos que isto de andar de gatas em cima da mesa também desgasta.
Acabado o trabalho de rua. era tempo de levar a mesa para dentro de casa.
É aqui que entra em serviço a corda.



Vitória, vitória, mas não acabou a história. Não quero arriscar mais com possíveis chuvadas que ainda possam vir, por isso o que falta vai ser feito dentro de casa.
Os pés já levaram uma demão de cuprinol e vão levar outra. O tampo vai agora levar também cuprinol e depois será tudo "pintado" com um protector de madeira para dar alguma cor.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

A mesa (parte 10)


Após uma semana sem dar descanso, a chuva desapareceu um pouco, embora não totalmente, pois hoje voltaram a cair alguns pingos.
No entanto os últimos dias têm sido substancialmente diferentes para melhor o que tem permitido retomar o trabalho.
Aquela que seria a parte mais fácil do trabalho, lixar uma superfície plana, está a revelar algumas dificuldades. A parte de baixo do tampo não apresentou problemas e foi rápida, mas a parte de cima...
Não sei o que aquilo tem, se é verniz ou cera ou outra coisa qualquer, que empastela as folhas de lixa e não rende nada. A lixa fica cheia de grumos, desliza em cima da superfície e não raspa nada. Passados poucos minutos está boa para ir para o lixo e tenho que colocar outra.
A solução que encontrei foi lixar com lixa para metal. Continua a ser um bocado demorado, mas a lixa aguenta-se mais sem se estragar e nota-se que vai lixando. Passando a mão na madeira sente-se a superfície um pouco mais rugosa do que o restante, mas não há outra solução. no fim resolve-se passando com lixa de madeira.


sexta-feira, 8 de abril de 2016

A mesa (parte 9)


Que se lixem as constipações e gripes. A mesa lixo eu. O tempo não ajuda, está frio e vento (muito) mas com a quantidade de pó produzido esta parte do trabalho tem que ser assim, em t-shirt e calções de praia.
No intervalo de mais uns dias de chuva, o processo vai continuando. Agora só faltam as laterais e a parte de cima do tampo.
Há ainda um canto lascado, mas trato disso depois de virar o tampo ao contrário.

Agora todos os dias tenho o trabalho extra de voltar a colocar o tampo encostado à parede no fim do trabalho. A semana passada deixei-o ficar no chão porque o tempo me parecia bom, e durante a noite a chuva voltou para ficar mais dois dias. Com mais três dias até secar novamente, foram cinco dias perdidos.

terça-feira, 29 de março de 2016

A mesa (parte 8)


A questão da cunha está quase resolvida. O acabamento final será feito quando chegar a altura de lixar este topo da mesa.


Mas existe um outro problema potencial. Felizmente já tinha sido previsto por Albert Einstein na sua Teoria da Relatividade.
É que a falha existente no tampo da mesa é relativa. Por um lado e suficientemente grande para ser ignorada, além de que não é prático um tampo com alturas diferentes onde os pratos, as travessas, etc esbarram ao serem movidos; por outro lado é demasiado pequena para me permitir colocar cola em quantidade no seu interior.


Ou seja, está colada mas não sei se está bem colada. No sentido do empeno das tábuas não há problemas pois tenho total confiança na cunha que fiz.
Mas quanto ao afastamento lateral não sei se a quantidade de cola é suficiente para contrariar a força de tracção da madeira.


É aqui que entra em acção a chapa de metal aparafusada na parte de baixo do tampo. A mesa há-de chegar ao fim da sua vida útil por outros motivos quaisquer, mas esta racha há-de ficar igual ao que está hoje.

segunda-feira, 28 de março de 2016

A mesa (parte 7)


O processo seguinte usa um método sobejamente conhecido, o método da cunha: mete-se uma cunha e já está.


Neste caso concreto dá um bocado mais de trabalho porque é preciso fazer antes uma abertura onde vai entrar a cunha, que será feita posteriormente de acordo com as medidas finais do buraco.

domingo, 27 de março de 2016

A mesa (parte 6)


A cola posta no tampo da mesa está a secar. Duas das tábuas que formam o tampo estavam descoladas e uma delas ligeiramente empenada. 
Tive que primeiro prender as duas partes no sentido vertical para que ficassem com o mesmo alinhamento, o que foi conseguido de uma forma aproximada.
Depois coloquei cola na ranhura e com um grampo maior apertei no sentido horizontal para tentar eliminar a racha.
(ver fotos do post anterior)


Para a continuação do trabalho vou precisar de dois formões. Não tinha nenhum e então tive que comprar. Um formão tem um preço que ronda os 10, 12, ou 15 euros (ou mais).
Na prateleira das promoções encontrei um conjunto de quatro por menos de cinco euros. É uma sorte serem de metal. Vai levar muito tempo e desgaste até que fiquem com a ponta devidamente afiada, mas são os que tenho e por isso a bem ou a mal hão-de cortar.


Para os afiar preciso de uma pedra própria. Também não tinha e tive que comprar. Numa grande superficie de ferramentas custa cerca de 12 euros. Numa loja de bairro comprei por 2.
Esta é uma das razões (não a principal) pela qual sou cliente das lojas de bairro. Grandes superfícies só em último recurso.



Na bancada da cozinha, entre fritadeiras, torradeiras e balanças não há a mínima hipótese de afiar uma ferramente com o mínimo de qualidade.
É por isso que um dos próximos projectos, e com carácter de urgência vai ser fazer um suporte para a pedra de afiar, de modo a conseguir prendê-la na bancada de trabalho.

sábado, 26 de março de 2016

A mesa (parte 5)


Parece que o mundo inteiro se uniu para me tramar. Neste caso o mundo da meteorologia.
Não pára de chover, e agora tenho além da mesa, algum material à chuva, como pode ser visto na última foto.


O que estive a fazer foi basicamente colar o tampo e prendê-lo com grampos para o manter no lugar.


O trabalho que vou fazer a seguir  tem de ser feito com os grampos ainda colocados. É um trabalho de alguma precisão e feito à chuva torna-se mais difícil.


Vamos ver o que nos reservam as nuvens nos próximos dias.

quarta-feira, 23 de março de 2016

A mesa (parte 4)


Quando se vêm muitos filmes do MacGyver dá nisto.
Até agora tem sido trabalho trabalhoso mas fácil.
O trabalho difícil vai começar agora.

sábado, 12 de março de 2016

A mesa (parte 3)


O processo vai avançando ao ritmo da chuva.
É verdade, só posso trabalhar quando não chove, pois a minha "oficina" é na rua, ao ar livre.


Entretanto já testei parte da engenharia mecânica necessária para reparar a tábua empenada no tampo, e funcionou tudo conforme previsto.
Só me falta fazer mais um pequeno teste e depois espero estar à altura e conseguir fazer o que tenho na ideia. Já comprei duas das três ferramentas que vão ser necessárias.


domingo, 6 de março de 2016

A mesa (parte 2)


Nada animador este segundo contacto.
Avaliação dos estragos:
- O tampo está num estado miserável, vou gastar muitas folhas de lixa...
- Duas das tábuas estão descoladas e empenadas. O maior desafio vai ser este, colocá-las direitas.
- Um dos cantos tem uma grande farpa quase arrancada. Não vai ser fácil de disfarçar.
- Um buraco de caruncho num dos pés. Para não estar em contacto com o chão (e com a água que acumula quando chove), a mesa foi posta em cima de madeira... carunchosa.
Lá mais para o verão, se tudo correr como previsto, estará pronta.