Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Mau tempo


A noite caía, chuvosa, sobre a vila. Água que se juntava à água do mar, que engrossava as vagas que batiam com estrondo nas rochas. O vento, depois de correr junto à crista das ondas, empurrando-as contra a costa, abria as asas e levantava voo, açoitando então tudo o que encontrava pela frente: casas, árvores e pessoas.
Alguns pescadores, abrigados o mais que podiam da chuva, do vento e do frio, nada mais tinham para fazer que ocupar o tempo com conversa, fumando um cigarro para entreter a fome, e amaldiçoando o tempo que os impedia de chegar ao peixe-pão.