Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
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segunda-feira, 6 de março de 2017

O portão da quinta e dos outros dias


A horta é minúscula sim, mas o cão é maluco e não para de espezinhar o pouco que lá planto, por isso preciso de acabar a minha cerca de canas. 
E agora chegou a vez da porta. Encaixa em baixo e segura-se em cima com elásticos.
Simples.
A parte difícil foi mesmo enfiar a linha na agulha para coser os elásticos.





terça-feira, 27 de setembro de 2016

Abre-te porta


E a porta abriu-se
De par em ímpar.
A janela riu-se
Deixou-se levar.
Ficaram portadas
Umbreiras vazias
Casas arrendadas
De avós e tias.
À noitinha o frio
Costumava entrar
Até a melga do rio
Vinha visitar.
Agora é diferente
É tudo actual
Está arranjada à frente
Atrás, e no quintal.
Ficou a casa nova
Branca, a quem a vê,
Até ficou à prova
Da radiação UV.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Restos do tempo


Restos de um tempo cujo passado não chegou a ter futuro.
Horas ou minutos, dias ou anos, tudo foi varrido da memória.
O relógio perdeu os ponteiros, o calendário perdeu as folhas, as pessoas perderam a lembrança.
Ali, onde as portas não fecham e as janelas não abrem, entre um chão levantado e um tecto a cair, vagueiam formigas e moscas, osgas e aranhas, entre o pó dos anos e o lixo trazido pelo vento.
É a vida possível num local já sem vida.

sábado, 9 de novembro de 2013

A porta

                                                           Ucanha, 17 Julho 2010

Quando saíres fecha a porta, poder-se-ia dizer.
Mas, pode sair quem nunca verdadeiramente entrou?