Escritos na varanda
Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
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quinta-feira, 27 de abril de 2017
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
A árvore que dava janelas
A um canto do jardim tenho uma árvore. Os frutos não são doces nem amargos, mas têm muita fibra e minerais.
Tenho de por luvas para os descascar. Primeiro pego num martelo e tiro-lhes os minerais todos. Depois, com uma serra corto-as em bocados como se fosse para uma salada de frutas. Tem alguns caroços firmemente presos com parafusos ferrugentos que demoram a tirar. Depois de tudo limpo leva-se para o armazém e guarda-se. Serve-se frio.
A árvore chama-se macacaúba.
terça-feira, 27 de setembro de 2016
Abre-te porta
E a porta abriu-se
De par em ímpar.
A janela riu-se
Deixou-se levar.
Ficaram portadas
Umbreiras vazias
Casas arrendadas
De avós e tias.
À noitinha o frio
Costumava entrar
Até a melga do rio
Vinha visitar.
Agora é diferente
É tudo actual
Está arranjada à frente
Atrás, e no quintal.
Ficou a casa nova
Branca, a quem a vê,
Até ficou à prova
Da radiação UV.
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
A preto e cores
Com o despontar do dia surgiam as cores que em breve iluminariam a escuridão interior. Talvez a janela se abrisse e os raios de Sol misturados com o canto dos pássaros derrotassem as trevas que teimavam em permanecer.
Depois o perfume das flores e o murmúrio do vento invadiria todos os recantos levando para longe o torpor matinal.
Estava inventado o despertador perfeito.
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
Restos do tempo
Restos de um tempo cujo passado não chegou a ter futuro.
Horas ou minutos, dias ou anos, tudo foi varrido da memória.
O relógio perdeu os ponteiros, o calendário perdeu as folhas, as pessoas perderam a lembrança.
Ali, onde as portas não fecham e as janelas não abrem, entre um chão levantado e um tecto a cair, vagueiam formigas e moscas, osgas e aranhas, entre o pó dos anos e o lixo trazido pelo vento.
É a vida possível num local já sem vida.
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
À janela
Gostava tanto de poder estar sem fazer nada
à janela. Mas qual quê, era impossível estar ali à janela sossegado sem que
aparecesse logo noutra janela uma vizinha com conversas habituais de vizinhas
de janela. Até parece que estava à sua espera.
Para quem não sabe, é completamente
diferente estar sem fazer nada sentado numa cadeira ou num sofá e estar sem
fazer nada à janela. Da cadeira ou do sofá vêm-se quatro paredes, da janela
vê-se o mundo. É essa a diferença.
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
A janela
Sexta feira.
O que era para ser um dia sossegado em casa, não o foi. Até a Lisboa fui. Gggrrr
Estou ainda em modo de formatação do disco. Preciso talvez de mais um dia, mas não será o de amanhã, pois a aula pratica do curso de fotografia vai ocupar o dia todo.
Quando estiver tudo a funcionar posso fechar a janela, e abrir a porta ao Linux.
"Humanidade para os outros" e "Sou o que sou pelo que nós somos" são traduções possíveis da palavra africana Ubuntu, nome dado ao sistema operativo que vou utilizar.
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
A janela
Alcoutim, 30 Julho 2010
Da janela vejo o rio
E o que está para lá dele.
Vejo um barco e sorrio,
Imagino que vou nele.
O vento que dá na vela
Empurra-me até ao mar.
Navego, que vida bela,
Já não quero mais voltar.
Vou p’ra longe do passado
Em busca de um futuro.
No presente, o nosso fado
Destrói-nos, não o aturo!
Há mais terras neste mundo
Que têm menos ladrões.
Só quero encontrar, no fundo
Descanso p’rós meus serões.
Adeus ó minha janela
Vou para outra cidade.
E tudo por causa dela
A puta da austeridade.
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