Escritos na varanda
Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
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terça-feira, 27 de junho de 2017
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
Foz de um rio mau
Havia
ali um barco
Era
só um sonho
À
vela se movia
Era
apenas um sonho
Tu
e eu no convés
Era
mais que um sonho
Rumando
ao horizonte
Era
mais do que um sonho.
Porém
naquela rocha
Algo
acabou com o sonho
Lá
havia um sereio
Há
sereios neste sonho
A
cantar te enfeitiçou
Isto
é pior que um sonho
Com
uma onda te levou
E
contigo foi-se o sonho.
quinta-feira, 7 de abril de 2016
A curva do rio
À medida que o barco deslizava na corrente a distância aumentava e o tamanho diminuia. A figura humana que acenava estava reduzida à dimensão de um dedo polegar. Em breve não seria maior do que uma unha.
Antes que tivesse tempo de diminuir mais a curva do rio interpôs-se, fazendo com que fosse esta a última imagem, a que perduraria na memória.
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
Talvez um dia
Talvez um dia
Contra ventos e marés
A terra acorde seca
Sem a água do seu rio.
Talvez um dia
Quando os barcos atracarem
As cordas e as correntes
Os prendam ao próprio rio.
Talvez um dia
Quando os peixes protestarem
Deixe de haver pescadores
Deixe até de haver rio.
Talvez um dia
Para lá da Lua cheia
Não haja ondas nem espuma
No leito seco do rio.
Talvez um dia
As colunas deste cais
Se ergam, tristes, do fundo
Onde antes era um rio.
Talvez um dia
Até as próprias gaivotas
Se recusem a pescar
Nas águas secas do rio.
Talvez um dia
Deixe de haver memória
Ninguém saiba ou recorde
Que vida havia no rio.
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
O meio
Estávamos ali os dois parados no meio da
ponte. A ponte era suficientemente larga para passarmos os dois, mas nenhum de
nós o fez.
Não se tratava daquela típica estória em
que só cabia um de cada vez, e após uma discussão e combate para ver quem
passava, aprendem o conceito de cooperação e então um recua para deixar o outro
passar, avançando depois em seguida.
Não, não era nada disso, era mais sério.
Era uma história real e não daquelas patranhas pseudo-moralistas para fazer
lavagem ao cérebro a criancinhas.
Na verdade não queríamos ir os dois na
mesma direcção, era precisamente o oposto, cada um de nós queria ir para o seu
lado da ponte.
O problema, há sempre um problema, é que o “meu”
lado da ponte era o que ela queria. Haveria algum tipo de cooperação que
pudesse resolver isso?
Não, cooperação não havia. O que havia era
falta de paciência, que também resolve muitas coisas.
Há sempre um outro lado do outro lado do
rio. “Outro lado” é apenas uma questão de perspectiva.
Foi para lá que me dirigi.
domingo, 14 de setembro de 2014
O caminho descendente
No caminho descendente
Vão todos em alvoroço
Acreditam que à frente,
A estrada tem novo troço.
E seguem alegremente
Atados pelo pescoço
No caminho descendente
Ninguém pensa ou reage
Interessa que vá contente,
E saboreie a vernissage.
Apelidam de demente
Quem é diferente ou quem age.
No caminho descendente
Vão todos a ver navios
Seguem todos a corrente,
Sopram velas sem pavios,
Batem palmas de contente
Ao cruzarem novos rios.
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Os rios
Foz do Rio Lizandro, 9 Novembro 2013
Todos os rios vão dar ao mar.
Embora não pareça, porque há rios que vão ter a outros rios. Mas os rios são apenas água, e essa, mais tarde ou mais cedo, vai ter ao mar.
Tudo caminha para o seu fim.
Mesmo um começo, não passa de um princípio de um fim qualquer.
Todos os rios vão dar ao mar.
Embora não pareça, porque há rios que vão ter a outros rios. Mas os rios são apenas água, e essa, mais tarde ou mais cedo, vai ter ao mar.
Tudo caminha para o seu fim.
Mesmo um começo, não passa de um princípio de um fim qualquer.
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
By the river
Once upon a time
On a winter night
We were by the river
Walking hand in hand
Your deepest fears arose
And
I gave you shelter
You
look to me like a rose
But
I forgot about the thorns
And the wind is blowing
Oh, with all his power
And the wind is blowing
Fifthy miles per hour
And the wind is blowing
And I hold you near
But I never thought
You were not sincere
(Quando estiver acabado vai sair daqui uma bela canção, eh eh eh)
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