Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Um dia à janela do andaime


Da janela do andaime não se vêem só pesadelos, também se vêem sonhos de liberdade e de partidas para locais distantes.

domingo, 24 de julho de 2016

O lugar das flores


- Vou dizer-te isto sem gaguejar.
- Sabes, eu... hummm... . E gaguejei.
- Continuas o mesmo mentiroso de sempre.

De que são feitos os sonhos? De algodão? De algodão doce? De algodão doce cor de rosa?
Ou de flores? De todas as cores e feitios? Azuis, brancas ou amarelas? Em vasos, canteiros ou jardins?
Não, são feitos da mais dura realidade.
Eu empurrei-te para a frente, para te fazer avançar mais e mais depressa. Mas tu caiste, atiraste-te para o chão como fazem os jogadores de futebol. E agora a culpa é minha.
Claro que é. Já antes era, porque já anteriormente tinha feito outras tentativas para te fazer ter mais auto confiança, só que todas as minhas metodologias falharam.
Tem de haver um processo. Vou continuar a procurar. Se não conseguir encontrar o fracasso será completo mas será meu.
O lugar das flores não é numa jarra, mas na terra onde possam continuar a crescer.


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O recomeço


Jazem inertes nas profundezas escuras do pensamento apagado. À primeira vista parecem aniquilados para sempre.
Porém, mal soam as primeiras badaladas, ei-los que se levantam, pulam e avançam, prontos a comandar a vida.
São os sonhos.
Cai a noite e caem também por umas quantas horas os entraves à livre circulação das ideias.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

O lago dos sonhos


Trazia tudo preparado, a corda, a pedra. Só lhe restava esperar. Chegou, olhou em volta lentamente como quem admira a paisagem, encaminhou-se para um banco de jardim vazio e sentou-se.
Do banco de jardim vazio o seu olhar vazio percorreu o espaço vazio que o rodeava. Viu a Lua subir lentamente acima do horizonte, viu os patos a entrar e a sair da água, viu um bando de gaivotas a voar em círculos, viu um melro a saltitar sobre a relva à sua frente. Uma das vezes que apareceu quase pousou na ponta do seu sapato, de tão imóvel que estava.
Quando lhe pareceu que já estava escuro o suficiente e que mais ninguém andava por ali, levantou-se e encaminhou-se para a beira do lago. Tirou a pedra do bolso e atou-lhe a corda. Depois pegou nos seus sonhos e atou-os à outra ponta da corda. Fazendo pontaria àquilo que lhe pareceu ser a parte mais funda do lago, atirou o conjunto todo com quanta força tinha.
Enquanto regressava a casa pensou: Pronto, já está! Com sonhos destes quem é que precisa de pesadelos?