Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Never look behind

                                      Foto Jorge Pereira

So goodbye, there I go
Down the road with no end
I’m the one who should know
When I’m losing a friend.
Left my dreams all behind
Don’t need them anymore
In the distance I’ll find
A new friendship and more.
One by one I will drop
All the hopes that I’ve made
Finally I will stop
Find the dreams had all fade.
I have waited too much
Don’t want to waste more time
Hope that we keep in touch
But our feelings don’t rhyme.
There’s no time to feel sorrow
A new life to discover
I can’t wait for tomorrow
Have my pride to recover.


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Um céu cor de chumbo


Pode dar-se o caso de que as aparências iludam. Aparentemente não é bem assim. Trata-se apenas de uma desculpa esfarrapada dada pelo iludido para tentar justificar a sua ilusão.
“Ah e tal, vai chover, vamos ficar em casa”, justifica-se o iludido perante a cor do céu.
Permitir que a perspectiva de chuva impeça o sentido da vida, que é vivê-la na sua plenitude, mesmo à chuva, é abrir a porta a que outra justificação qualquer o faça. Basta que haja um mau exemplo primeiro.



quarta-feira, 7 de outubro de 2015

À janela


Gostava tanto de poder estar sem fazer nada à janela. Mas qual quê, era impossível estar ali à janela sossegado sem que aparecesse logo noutra janela uma vizinha com conversas habituais de vizinhas de janela. Até parece que estava à sua espera.
Para quem não sabe, é completamente diferente estar sem fazer nada sentado numa cadeira ou num sofá e estar sem fazer nada à janela. Da cadeira ou do sofá vêm-se quatro paredes, da janela vê-se o mundo. É essa a diferença.



terça-feira, 6 de outubro de 2015

Incerteza


Até os animais surpreendidos parecem perguntar:
- Que foi? Que cara é essa?

domingo, 4 de outubro de 2015

Mensagem


Depois de cair em mim com a perplexidade tenho de me levantar. De novo.
Amanhã é outro dia e há sempre um Sol a iluminar estas trevas.
Estou farto deste mundo que me rodeia, mete-me nojo a gente com que me cruzo.
A luta continua, mas desta vez uma luta diferente, a luta pela sobrevivência. Cada um por si e eu por mim. Era isto que eles queriam e por mim ganharam, mas foi a única vitória que tiveram. A minha dignidade, isso nunca irão conquistar.

sábado, 3 de outubro de 2015

Reflexão


Like a mirror held before me
Large as the sky is wide
And the image is reflected
Back on the other side
(Alan Parsons Project)

Um espelho reflecte apenas o que lhe colocarem à frente.
Donde se deduz que se for uma besta...
Pois, o resultado não é nada animador.
De qualquer modo, espero que este dia nacional da reflexão tenha sido produtivo.
Sei que não o foi para todos, porque há uma besta que já anunciou que vai reflectir mas na 2ª feira...

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Ai Portugal, Portugal


Houve tempo em que expulsaste os invasores vindo de fora.
Agora nem mesmo os invasores vindo de dentro consegues expulsar.
Não passas de uma miragem.
E desfocada.