Escritos na varanda
Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
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terça-feira, 26 de setembro de 2017
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
Um grão de areia
As lágrimas caiam-lhe pela cara abaixo. Ela viu-o e teve pena dele. Sentou-se numa rocha e meteu conversa tentando confortá-lo.
Ele aceitou a conversa e agradeceu a ajuda. Chegou-se mais para perto dela ao mesmo tempo que fazia figas para que ela não descobrisse que era apenas um grão de areia que lhe tinha entrado para a vista.
segunda-feira, 27 de junho de 2016
Senhora do nevoeiro
Água e areia e rochas e algas. Era esta a paisagem que se oferecia à vista, semi escondida pela luz difusa que só a custo penetrava no espesso nevoeiro.
O som das ondas a rebentarem na praia chegava abafado pela humidade do ar, como um eco longinquo que se fazia ouvir continuamente.
Perdida no meio da imagem, uma senhora. Perdida? Não! Sabia bem onde estava e porque ali estava. Desengane-se quem pensa que as praias são só para visitantes se deitarem no pico do Sol e dos raios ultra-violetas. Todas as outras horas e condições climatéricas são boas para se estar na praia.
sábado, 23 de abril de 2016
Sentados na areia
Conhecer não é saber. Conhecia-a não não sabia quem ela era, nem o que fazia, nem o que pensava, nem o que queria, nem para onde ia.
Uma vez chegou a pensar que... mas não, a ideia era absolutamente estúpida. Uma outra vez teve a ousadia de perguntar, mas no momento seguinte arrependeu-se logo de o ter feito. Ficou na mesma ignorante, não aprendeu nada. Não percebeu nada do que ela disse, naquele estilo de linguagem que fala mas não diz nada.
De certa forma sentiu-se aliviado. Uma sombra de dúvida pairou sobre o seu espírito, ficou sem saber se era propositado ou se alguma limitação a impedia de dizer coisa com coisa.
Talvez fossem horas de voltar, o Sol já se tinha posto há alguns minutos e a claridade que restava já não era muita.
Levantou-se, sacudiu a areia das calças e apenas por hábito estendeu a mão. Sabia de antemão que ela a iria ignorar e se levantaria sem qualquer tipo de ajuda.
No meio de tanto desconhecimento, era a única coisa que sabia dela.
sábado, 16 de janeiro de 2016
Sem rumo
Tantas são as direcções
Em que nos movimentamos
Tantas as desilusões
De manhã quando acordamos
Tanta areia já pisada
Tanto caminho adiado
Tanta estrada remendada
Tanto destino marcado.
Sobe a maré de repente
E a água branca da espuma
Apaga os rastos da gente
Sobra pegada nenhuma.
É então que o recomeço
É lei da sobrevivência
Há que pagar esse preço
P’ra sairmos com decência.
sábado, 31 de outubro de 2015
Grão de areia
Grão a grão a areia vai tomando conta de tudo, preenchendo os espaços, sedimentando lembranças, encalhando memórias, até não restar mais nada do que um ténue vislumbre daquilo que foi e não voltará a ser.
Alguns dirão que é a inexorável passagem do tempo.
Outros, que é a incúria humana.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
Uma marca de sapato na areia
sábado, 13 de dezembro de 2014
A espera solitária
O areal imenso parece minúsculo comparado com a imensidão do mar. Alheia às disputas quantificativas, a gaivota divide o seu tempo entre um e o outro. São dois lugares onde pode estar, logo são iguais na sua diferença.
E espera.
A espera faz parte da existência. Por entre os detritos espalhados na areia ou cercada pela espumas das ondas é durante a espera que observa o mundo que a rodeia e escolhe o próximo lugar onde as asas a vão levar.
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