Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Ao luar


Do norte vinha a massa de ar que enchia de frio a escala do termómetro. De nordeste vinha o vento que fazia enregelar o mais espesso agasalho. Do alto vinha a chuva que molhava até aos ossos.
Indiferente à chuva, ao vento e ao frio, um ser minúsculo na imensidão das ruas vazias caminhava agarrado a um guarda chuva que já conhecera melhores dias e ameaçava a todo o momento transformar-se num morcego com uma só asa e sair voando ao sabor das rajadas de vento.
A parede junto da qual passava protegeu-o temporariamente do vento o que lhe permitiu segurar o guarda chuva com uma só mão, enquanto a outra tirava o telemóvel do bolso do casaco, apenas para verificar que, segundo o Sports Tracker, ainda lhe faltavam sete minutos de caminhada.
Estava quase.


domingo, 18 de janeiro de 2015

A caminhada III


E pronto! Algum dia tinha que ser. Foi ao 46º dia que falhei e não fiz a minha caminhada diária. Foram 45 dias seguidos a caminhar sem ir a lado nenhum.
O objectivo agora é recomeçar de novo e ultrapassar essa marca. 
Um dia, quem sabe, talvez caminhe para ir a algum lado.

A ausência da caminhada não foi no entanto a única particularidade negativa no dia de ontem. Não arranjei tempo nem vontade para a minha prática diária de guitarra. 
Foi um dia de mudança. Mudança em relação ao passado recente. Porque mudou a parte mais importante que podia ter mudado: o pensamento.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Frio


22H10. Cheguei a casa, vindo da minha caminhada diária de trinta minutos que não foi possível fazer durante o dia.
Pego no carro para o arrumar e o mostrador indica 8º. Bem, está um bocado de frio realmente mas nada que não se suporte. Espero que a temperatura baixa mate os vírus da constipação. Não posso é apanhar calor, não vão eles desatar a multiplicar-se e ai nunca mais me livro da tosse.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A caminhada


Caminho, logo ando!
Eu caminho mas não vou a lado nenhum, porque eu caminho às voltas: volto sempre ao ponto de partida.
Aliás não poderia ser de outra forma, caso contrário poderia perder-me.
A caminhada é um substituto light da corrida. O pé ainda não está bom o suficiente para correr.
Ao fim de onze dias seguidos a caminhar, hoje quase que me esquecia. As rotinas alteraram-se por causa de levar (e buscar) o carro à oficina. Lembrei-me a tempo de não me esquecer, mas mesmo assim só fui caminhar depois de jantar.
E devo dizer que notei uma diferença para melhor. A média foi superior à dos outros dias e isto sem ter feito qualquer esforço adicional para isso. A razão é o facto de quase não haver transito, e não precisar de parar ao atravessar as ruas, o que mesmo a andar quebra o ritmo.
Fiquei portanto cliente da noite. O pior é o frio.