Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

The Queen

                                           Mem Martins, 29 Novembro 2013

Que decepção apanhei hoje. Pensava eu estar um nível acima, imune a todo o tipo de crítica ou opinião, enfim livre, mas na hora da verdade fraquejei miseravelmente, não aguentei a pressão.

Estava tudo a correr bem comecei um poema, em inglês, arranjei até a foto que o iria acompanhar, acabei-o quase às duas da manhã e reli-o com satisfação por o ter escrito, quando de repente a realidade me bateu no ombro e disse:
- Olha lá, não podes escrever isso, estás maluco ou quê? Em primeiro lugar o caminho que queres seguir é impossível de trilhar, em segundo lugar todas as pessoas vão achar que estás completamente maluco, a necessitar de internamento.

Eu não acredito no impossível, mas a realidade acredita, e já me provou várias vezes que ele existe. Perante tal aviso voltei a ler mais uma vez o texto e tive medo. De facto a taxa a pagar por exibir tais sinais exteriores de loucura seria enorme.

De um momento para o outro fiquei sem o meu tema para o post de hoje. Fiquei sem vontade de arranjar outro, mas mesmo que quisesse seria muito difícil porque passei uma grande parte do dia metido dentro do carro. Resolvi portanto aproveitar o título e a foto e acrescentei este texto que é quase um pedido de desculpas à realidade.

Estúpido como sou não me deixo convencer facilmente, mesmo perante a realidade. Eu gosto mesmo, a sério. Por isso guardei-o, ao poema, tenho a secreta esperança de que possa vir a ser útil, e em último caso será publicado postumamente.