Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O pinheiro

                                      Pedras Salgadas, 22 Junho 2010

É o que resta. O que resiste. Isolado, na paisagem agreste, recortado contra o fundo azul de um céu de verão, igual a tantos outros verões que lhe levaram os companheiros, resiste, ainda, enquanto puder.
Dos outros, já não se recorda. Uns emigraram para alguma serração, outros partiram para a pasta de papel, outros ainda, não passaram do campo de batalha, reduzidos a cinzas fumegantes.
Resta-lhe a ele vigiar do alto do monte, enquanto espera a sua vez.