Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Ilusão II


Não é todos os dias que acontece, mas tive um sonho. E, mais raro ainda, quando acordei, lembrei-me dele.
Era um sonho lindo, cheio de coisas boas, maravilhosas, felicidade, alegria, tudo coisas que pareciam saídas de um conto de fadas.
Devia ter desconfiado logo, porque eu nem sequer acredito em fadas, mas pareceu-me tudo tão real, que até poderia ser possível, e iludi-me a mim próprio.
Seja como for, não dei muito crédito à situação, mas um belo dia, abro a porta e… ZÁS!
Ali estava. Era mesmo o que eu tinha sonhado. Reconheci logo, e mesmo estando acordado, pus-me a sonhar de novo.
Sonhei, sonhei, sonhei, e de tanto ter sonhado acordado, acho que adormeci.
Quando acordei, chamou-me à atenção um pormenor: “isto não devia estar aqui”, pensei eu. Aproximei-me mais e constatei que havia ali realmente qualquer coisa que não funcionava bem.
Assim como quem não quer a coisa, fui dando a volta, e, cada vez que olhava, encontrava algo em falta ou fora do sítio.
A decepção foi-se apoderando de mim. Não era isto que eu esperava encontrar. Foi um sonho tão lindo. Foi bom enquanto durou a ilusão, mas quando me apercebi da realidade…
Quem me manda a mim sonhar sem óculos!