Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Na beira do Lago Azul


Havia uma cadeira. Era quanto bastava. O resto improvisava-se.
A cadeira arrastava-se até à beira da água. Duas pedras, colocadas por baixo dos pés da frente, uma de cada lado, ajudavam a contrariar a inclinação do declive, mantendo o assento o mais direito possível. Outras duas pedras, grandes, ajudavam a segurar o chapéu de sol, que o chão era duro e difícil de perfurar.
Estava montado o cenário. Agora era só sentar e ficar ali a tarde toda a ler, com os pés a chapinhar na beira da água.
A tarde toda não que de vez em quando era preciso levantar para reabastecer de cerveja.