Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Ponte sem destino


Passa-se a ponte e chega-se a um território onde só há salpicos das ondas, vento e gaivotas.
É o local ideal para te dizer coisas que não queres ouvir, porque não consegues ouvir: a força do vento é superior à convicção da minha voz.
Depois, porque não há mais nada para dizer, porque o vento agreste corta a pele, porque a espuma das ondas molha-nos a cara como lágrimas que não conseguem sair, atravessamos novamente e ponte, desta vez em sentido contrário, a caminho de nada.