Escritos na varanda
Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
domingo, 31 de agosto de 2014
Auto defesa
Sim, eu admito que posso ter ar de presidiário, mas não era preciso insultar perguntando se já tinha 65 anos para ter desconto na porcaria do bilhete!!!
sábado, 30 de agosto de 2014
Mar das crises
O mar das crises é um oceano de soluções.
Em tempo de crise busca-se a solução em longos períodos de isolamento frente à
rebentação das ondas.
Nem sempre se encontra mas pelo menos
volta-se com a cabeça mais fresca.
(O “Mar das crises” está mesmo à nossa
frente)
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
O último vôo do pássaro ferido
Morrer é um
destino comum a todos os pássaros. Não há forma de escapar. Mas, por qualquer
razão desconhecida, não lhe apetecia morrer. Pelo menos para já. Apesar de isso
ser uma forma de se livrar das dores na asa.
A vida, mesmo a
de um pássaro, ou sobretudo a de um pássaro, é uma luta constante. Contra os
inimigos que de todos os lados surgem. Não há um minuto de descanso, é preciso
estar permanentemente alerta. Gostava de conseguir ter tempo para parar e
pensar.
Apenas isso:
apenas parar, não ter de estar com os sentidos todos alerta para prevenir
qualquer ataque, e poder pensar.
Neste momento
queria pensar sobre a razão que o levava a não querer morrer. Mas ao longo da
sua curta vida de pássaro houve tantas situações em que também quis parar para
pensar e não foi possível. Teve de se limitar a agir. Sem saber se bem, se mal.
É estranho um
pássaro pensar sobre o bem e o mal. Numa vida de pássaro as coisas não têm de
ser boas ou más, apenas são. Além de que é tudo relativo.
É bom conseguir
alimentar-se, mas se calhar a lagarta que foi comida não achará isso bem.
É bom continuar
vivo, mas o predador que falhou o alvo e ficou com fome talvez não goste da
ideia.
Mas, e se o bem
e o mal não se limitasse a isso? As questões básicas da existência funcionam
por instinto, não têm que ser boas ou más. Mas há mais para além do básico.
Só que
continuava sem tempo para poder pensar nisso.
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Football
-
What are you thinking of?
-
Football
- No
you are not
-
Yes I am
- I
see, you don’t want to tell…
- I
am thinking about football, but a special type of football, in which I am the
ball, and people kicks me, from one place to another; then someone kicks me
with extra strength and I flew over the bushes and trees, landing on a garden
with grass and flowers; a nice girl appears and when I thought she would pick
me and take me home, she kicked me, and there I go again…
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Splash
Há tréguas durante a maré baixa, mas logo que começa a subir recomeçam os confrontos entre as ondas e o muro.
terça-feira, 26 de agosto de 2014
O muro das rebentações
Ela vem aí. Mais uma, e nem é preciso esperar pela sétima, aquela que a lenda diz que é maior que as outras. Com o desaparecimento da areia ocorrido no último inverno, na maré cheia todas as ondas chegam sempre ao muro da piscina e ao paredão da Praia Grande
Melhor dizendo, Praia ex-Grande.
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Onshore de Cascais
Hoje
em dia fala-se muito de offshore e de paraíso fiscal. Mas ninguém fala de
onshore.
Onshore
é também um paraíso, não só para o fiscal mas também para qualquer outro cidadão:
pescador, pedreiro, carpinteiro, farmacêutico, engenheiro, funcionário público,
desempregado, reformado, turista, etc.
A
diferença maior é que no offshore há extractos e no onshore há estratos.
Junto
duas fotografias dos estratos.
É
o Estratoleaks
domingo, 24 de agosto de 2014
Mistério marinho
Há uma coisa que sempre me intrigou, que
para mim é um mistério. Um mistério não é, como muita gente erradamente pensa,
uma coisa que tenha a ver com algo sobrenatural, é apenas ignorância. E eu
neste caso confesso a minha.
A água pule (do verbo polir). As pedras
rolantes são lisas, os seixos encontrados à beira mar e nos rios são lisos. Por
que raio é que as rochas da costa, continuamente batidas pelas ondas apresentam
este aspecto de terem sido bombardeadas pelos senhores da guerra? Porque não
apresentam também uma superfície lisa?
Será o deus tritão que anda por ali a
espetá-las com o seu arpão de três bicos em busca sabe-se lá de quê?
sábado, 23 de agosto de 2014
Espanto
Os olhos abrem-se para ver.
A boca abre-se para falar.
Mas também pode ser por outro motivo. Os
olhos e a boca podem abrir-se de espanto.
Instintivamente sempre associei a noção de
espanto a olhos abertos, muito abertos, apesar da canção de José Mário Branco
que não me sai da cabeça dizer: “…meus olhos fechados, mudos, espantados…”
Através das letras e músicas de José Mário
Branco imaginava pessoas no tempo do fascismo (no de antigamente, não no
actual) que partiram para França por necessidade, a abrirem muito os olhos de
espanto ao depararem com uma realidade que nunca suspeitaram existir, devido à
ignorância e miséria impostas às populações na altura.
Mas não é de política que quero falar hoje
e sim de espanto. O meu lado cão de Pavlov traz-me sempre à memória estas
ideias quando fico espantado.
E espanto-me muitas vezes. Tenho noção que
faço sempre um esforço para não fazer figura de pacóvio de boca aberta e olhos
esbugalhados quando algo me espanta.
Ainda ontem por exemplo me espantei quando
vi um porco a andar de bicicleta. Quer dizer, não era bem um porco. E para
falar verdade aquilo também não era uma bicicleta.
Mas mesmo assim, era uma coisa de que não
estava à espera, e sempre que há alguma coisa que não estou à espera levo um
bocado de tempo a reagir até conseguir pensar o que fazer.
Consegui não abrir a boca, e quanto os
olhos, bem, tive de me virar para não espantar ninguém com o meu espanto.
Foi difícil e nem tenho a certeza se fui
bem sucedido.
O tempo dirá.
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Constelação de luzes
Tantas luzinhas. É a Constelação da Ponte. As luzes, a ponte, tudo o que nos rodeia e está perto de nós deveria influenciar-nos e fazer-nos pensar.
Infelizmente as pessoas acreditam que umas luzinhas lá no alto do céu, cujo único ponto em comum é serem mais brilhantes que os biliões de outras luzinhas que as cercam e formarem uns desenhos engraçados do ponto de vista da ignorância primitiva, é que nos influenciam, que nos fazem sermos boas ou más pessoas, que nos fazem ter sorte ou azar.
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
Se eu fosse papel higiénico, de que cor seria?
Desde que a humanidade é humanidade, isto
é, desde que os homnídeos deixaram de andar dispersos pelas florestas e
passaram a viver em bandos sob as ordens de um chefe (um chefe para cada bando obviamente),
que a busca do auto-conhecimento se tem imposto como um desígnio universal.
Quem
somos?
De
onde vimos?
Para
onde vamos?
São perguntas que até agora ficaram sem
resposta. Mas com a Teoria do Papel Higiénico, a célebre frase “Conhece-te a ti
mesmo” inscrita no Templo de Delfos, mas que afinal parece que já tinha vindo
de outro lado qualquer, ganha um novo significado e com ele a possibilidade de
finalmente ver respondidas essas perguntas.
Eu
sou um cagão de merda
E
venho de casa a correr
Vou
procurar uma erva
Para
limpar o que escorrer.
Durante uma pipa de séculos a Teoria não
pode ver a luz do dia, pela simples razão de que não havia papel higiénico. As
folhas de papel antes de serem higiénicas eram de jornal, e antes de serem de
jornal eram apenas folhas: de couve, de parreira, de bananeira, o que houvesse.
Há até relatos históricos de cavalheiros distintos e madames finas, habituados
ao luxo das cidades e ignorantes por completo da vida no campo, daqueles que
não distinguem uma charrua de um ancinho, e que em momentos de maior aperto
terão deitado a mão a um molho de urtigas que estava logo ali ao lado.
Mas agora tudo mudou com o advento das
novas tecnologias.
Sim, a cor do papel higiénico que usa é um
método infalível de diagnóstico da sua personalidade. Ajuda-o a conhecer o seu
eu interior. E não apenas pelo facto de olhar para a folhinha que tiver entre
dedos depois de a usar. Isso é um caso para ser abordado futuramente, quando
for publicado o Método de adivinhação
pelos cagalhotos na folha de papel higiénico, um método de previsão muito
superior por exemplo à análise das tripas de galo preto, de bosta de vaca, ou
de borras de café.
A cor do papel higiénico define
inequivocamente os traços do seu carácter, e permite-lhe conhecer em toda a sua
plenitude as linhas orientadoras da sua vida.
Não se deixe enganar por charlatães nem por
perguntas do género “Se você fosse um peixe, que peixe seria?”, ou “Se você
fosse uma nuvem que forma teria?”.
Apenas a cor do seu papel higiénico lhe
pode fornecer as pistas para a compreensão da sua verdadeira personalidade.
Faça já o teste e surpreenda-se com as
revelações que irá descobrir sobre si mesmo.
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Efémero esforço
Já as sombras da noite cobrem grande parte do horizonte com o seu negro manto. Em breve entraremos no reino do escuro repouso.
Um raio de luz porém, teimoso e persistente, logrou romper a capa de nuvens que o Sol arrasta atrás de si na sua despedida diária, e iluminou por breves instantes a passagem para a outra margem.
Efémero esforço. Em breve extinguir-se-á e o calor da luz dará lugar ao frio das trevas.
terça-feira, 12 de agosto de 2014
Contentores
À custa de braços, força e suor,
À custa de cabos, roldanas e potência,
Erguem-se aos poucos paredes de metal,
Que delimitam da vista a consciência.
É o porto de Lisboa.
Os que trabalham em nada lhes merecem
Valor, porque ao ócio se renderam.
É na aparência das vistas aparentes
Que transparece o vazio que lhes vai
dentro.
São os donos de Lisboa.
Esta cidade não é p’ra quem trabalha,
Que trabalho já não resta muito,
À custa de tanto despedimento.
Vamos chutá-los para a outra margem.
São os loucos de Lisboa.
Há os planos directores municipais,
Há planos aprovados a pedido,
Há directores municipais que são vendidos,
Há negócios para lucro de alguns.
São os chulos de Lisboa.
És cidade com porto e aeroporto,
Onde chega quem passeia e parte quem trabalha,
És cidade de cimento e alcatrão,
Cada vez mais vazia de pessoas.
É o teu fado, Lisboa
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Atracado
Nem eram precisas amarras. Estava atracado
e bem atracado. Em terra seca. As águas calmas da maré baixa apenas
apresentavam alguma ondulação com o passar vagaroso das embarcações.
De resto a espera antevia-se longa.
Estupidamente acreditara numa notícia de jornal, sem procurar confirmação. Os
jornais (e os órgãos de comunicação em geral) não só mentem, como também se
enganam.
Mentem descaradamente na sua missão de
informar, de acordo com as orientações ideológicas dos grandes grupos
económicos que os controlam; enganam-se desavergonhadamente porque o que
interessa são as aparências, e é mais importante parecer que se escreve muito
do que efectivamente escrever bem.
Escreveu o Jornal de Notícias que o nascer
da SuperLua seria às 19h09, e lá vai o otário do aprendiz de fotógrafo com a
máquina ao ombro e o tripé na mão. Nem uma camisolinha, só uma t-shirt em cima
do pelo.
Mais tarde começam a juntar-se mais algumas
pessoas em busca do mesmo, e conversa daqui e conversa dali, chega-se à
conclusão que seria às oito e um quarto.
O problema maior não foi a espera. O problema
mesmo foi o aparecimento de nuvens que taparam quase por completo um céu
anteriormente limpo.
Não se pode acreditar nos jornais nem nas
páginas de meteorologia.
domingo, 10 de agosto de 2014
Ó Lua que vais tão alta
A SuperLua de hoje foi (mais) um fiasco. Há dois anos subi a Serra de Sintra até ao miradouro de Santa Eufémia e só vi nuvens. Hoje desci até ao Rio Tejo e as nuvens voltaram a perseguir-me. Desta vez porém consegui ver um bocadinho de Lua, mas nada que me fizesse ficar satisfeito. Ou seja, vou ter de esperar por outra SuperLua para ver se finalmente consigo fotografar uma Lua grande e redonda que nem um tamanco.
Desta não gostei.
Mais fotos na página WebPicasa:
https://picasaweb.google.com/104016268436238696301/201408Superlua?noredirect=1
Sonho de uma noite de verão
(Foto de capa do Teatro Tapafuros no Facebook)
Ontem foi dia de teatro, não houve post por
isso.
Cheguei atrasado. Nada de preocupante,
metade do público chegou mais atrasado do que eu, o início do espectáculo
chegou também mais atrasado do que eu. O que me chateou mesmo foi que nem tive tempo
de tomar um café.
Não fiz reserva; nunca me passou pela
cabeça que enchesse. Para minha surpresa, chego à entrada e dizem-me que está
esgotado, mas por acaso houve duas desistências…
Com sorte comprei um dos dois bilhetes
ainda livres e subi pelas veredas até ao ringue de patinagem.
Segunda surpresa: as cadeiras para o público
estavam no próprio ringue. Os actores quando entraram representaram pelas
escadarias que servem de bancadas no caso de jogo de hóquei, pelos terrenos
circundantes, por cima dos muros, pelas árvores, por trás, pelos lados, pelo
meio do público…
Quando cheguei mais de metade das cadeiras
estavam ainda vazias; à boa maneira portuguesa foram-se preenchendo nas calmas.
Pude depois constatar que estava realmente cheio.
Quanto à peça em si, apenas um pequeno
reparo: por diversas vezes os actores estão a falar com música de fundo; embora
baixa, é o suficiente para eu não conseguir perceber o que dizem, devido ao
facto de ser um espaço aberto e à distância a que estão de nós.
Quanto ao resto, já me habituei à excelente
qualidade das representações do Teatro Tapafuros. Gostei especialmente do rei Oberon.
Os meus parabéns aos actores e a todo o
pessoal envolvido.
Até à próxima.
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
O mundo aos rectângulos
Também serve.
Em vez de verem o mundo aos quadrados, podia ser aos rectângulos.
O que era mesmo preciso era que o bando de governantes, ladrões, assassinos que mandam no mundo fossem todos postos numa jaula.
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
Terra, temos um problema
- Alô Terra, temos um problema.
- Aqui Terra, qual é o problema?
- Não queremos voltar!
- Como?
- Não é interferência estática, é isso mesmo que ouviram: não queremos voltar!
- Mas... vocês estão loucos?
- Loucos nós? E vocês, que falam de algo que não existe a que chamam deus, governam-se à custa de milhões de desgraçados em nome de algo que não existe a que chamam deus, matam em nome de algo que não existe a que chamam deus? Vocês são normais?
- Se não voltarem morrem aí em cima...
- Se voltarmos morremos aí em baixo. Sabemos perfeitamente que todos morremos. Vocês é que se esquecem que também morrem. E deixem-nos dizer que se morre melhor aqui em cima do que às mãos das vossas ditaduras.
terça-feira, 5 de agosto de 2014
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
Um rio de águas pardacentas
Um rio de águas pardacentas, que reflectem
a cor pardacenta do céu, corre entre margens pardacentas habitadas por gente
pardacenta que tenta viver a sua pardacenta vida o menos pardacentemente possível.
Os ladrões de aguarelas roubaram as cores
todas, menos o preto e o branco. Por isso sonhamos a preto e branco.
Ah, mas sonhamos, que isso eles não roubam.
Nem que se pintem todos.
domingo, 3 de agosto de 2014
No país das árvores anãs
No país das árvores anãs as pessoas são gigantes.
No país das árvores anãs não são só os tamanhos das árvores e das pessoas que estão invertidos, todos os valores estão invertidos.
Sobretudo o valor da vida e da morte.
Um dia virá, espero eu, que os assassinos tenham todos o mesmo destino.
sábado, 2 de agosto de 2014
Peixeirada
Lisboa, Oceanário, 2 Agosto 2014
Não se sabe bem o que terá acontecido
naquela distante madrugada, quase manhã em que, como habitualmente, dormia
ainda embalado pelas ondas que naquela altura do ano corriam planas pelo vasto
oceano, sopradas pelo vento de sudoeste.
Sonhava, e no sonho imaginava-se a subir ao
degrau mais alto do pódio e a receber a medalha de ouro pela vitória na
maratona das Atlantiadas de 1996. Sim, era um verdadeiro carapau de corrida.
De repente, um barulho ensurdecedor e uma
agitação tremenda das águas quase o fizeram acordar. Quase, porque nem teve
tempo para isso, quando ia a abrir os olhos, uma pancada na cabeça pô-lo
inconsciente. Não se lembrava de mais nada.
Quando finalmente acordou, o primeiro
pensamento que teve foi que tinha morrido, mas depressa se apercebeu que não. Continuava
dentro de água. Só que…
Estava num sitio diferente e não sabia como
tinha ido ali parar. Tudo era diferente. A água tinha um gosto horrível, havia
peixes com aspectos grotescos como nunca tinha visto, e falavam uma língua que
não conhecia, só ao fim de muito tempo conseguiu encontrar outro carapau, e
esse também não sabia porque estava ali.
Não havia correntes, não havia ondas, só
peixes estranhos e ervas que pareciam de plástico.
Até que o coração parou de bater e um grito
lhe escapou do fundo das guelras: ao contornar umas rochas viu parado à sua
frente o ser mais horroroso que já tinha visto, um ser humano que do outro lado
do vidro olhava embasbacado o oceanário.
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
O caixote aqui presente
Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.
(Mário de Sá-Carneiro)
O caixote aqui presente em breve vai receber um morto que não queria morrer.
Quase ninguém está contente com a sua sorte.
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